Animais de estimação: ter ou não ter?

A relação do cão com o bebê e as crianças

O cão atingiu um nível tão alto de integração à sociedade que, se criado por uma família desde filhote, praticamente, passa a fazer parte da sociedade humana, tornando-se quase um estranho à sua espécie. Esse processo se inicia a partir da sua terceira ou quarta semana de vida, mas é nos  primeiros três  meses de idade que o filhote aprende as regras de comportamento e, por isso, é essa fase mais importante da sua vida.

Nesse período o animal deve ser educado da melhor maneira possível para que, mais tarde não surjam problemas no relacionamento do cão apenas com os adultos, mas principalmente  com crianças e bebês.

A chegada do cão em um lar pode ocorrer em duas situações: a primeira é aquela em que o casal adquire o animal antes de ter filhos . A segunda se dá quando o cão chega numa casa onde já existem crianças.

No primeiro caso, temos que cuidar para que a chegada do bebê não se transforme em motivos de disputa por carinho e atenção, que antes eram dedicados somente ao cachorro. Não devemos deixar o animal preso, nem excluí-lo  desta nova convivência, o que poderia gerar muitos ciúmes. Portanto, assim que o novo lembro da família chegar, permita que o cão sinta o seu cheirinho, pois é esta sua maneira de reconhecer as coisas.

Na segunda situação, temos um porém: filhotes de cachorro tem dentes de  leite afiados como agulha, alem disso, são muitos agitados e cheios de energia. É possível que, tentando demonstrar sua alegria, o animal machuque a criança, podendo, ser rejeitado por ela.  Existem raças de cães que manifestam verdadeira adoração por crianças, tendo muitas vezes com elas, uma relação melhor do que com os adultos.

As crianças devem se conscientizar também que, os cães são animais sensíveis e não brinquedos, por isso devem ser tratados com muito carinho e cuidado, respeitando os limites deles e compreendo que eles sofrem como nós. Os pequenos devem ser estimulados a respeitar os animais, a desenvolver o senso de responsabilidade, alimentando-os e tratando-os com carinho, mas também precisam se impor com energia perante o animal, sempre que necessário.

Enfim, a convivência com um animal de estimação pode ser muito útil no processo de socialização e no desenvolvimento psicomotor das crianças.